Mas chega de personagens de ficção.
Estamos fartos de comparações sem sentido.
O que queremos realmente saber é: e o Tico e o Teco do futebol português, quem são (ou quem foram)?
O povo exige uma resposta. Nós temos a resposta.
São estes dois abre-latas do círculo central, e não nos referimos à sua capacidade para desbravar linhas de passe ousadas por entre uma floresta de adversários, mas sim à sua habilidade natural para rasgar inocentes latas de conservas apenas com o uso das suas evoluídas dentições.
O Tico era Hugo. Sempre à cata de nozes e avelãs, este arisco alentejano deu nas vistas por ter marcado um golo ao FC Porto que deu a vitória ao Farense, já lá vão mais de 15 anos. Nascia a next-big-thing do futebol português. Mas, no final da sua carreira intermitente em que pulou pelas árvores de Leiria, Salgueiros, Beira-Mar e Louletano, o que restou na memória foi o seu teclado bocal. E que teclado: há quem diga que Carlos Costa aprendeu a tocar xilofone batendo com as caneleiras nos dentes de Hugo – mas há também quem diga que Hugo morderia fatalmente quem o ousasse fazer e que Carlos Costa não atinava com o dó-ré-mi. Agora Hugo anda a mastigar alfarrobas em São Brás de Alportel.
O Teco era Horvath. Um fanático por madeira, carapaças de tartaruga e tudo o que constituísse um desafio à sua força dental. O seu Donald foi Augusto Inácio. Este médio-esquilo (não confundir com médio-esquerdo) notabilizou-se pela destruição de balizas à dentada. Quando sorria, o mundo sorria com ele; quando chorava, o mundo também sorria com ele, pois pensava que Horvath ainda estava a sorrir. Agora deambula pelos parques poluídos da Boémia, em busca de frutos secos para suportar a hibernação. Ainda não ouviu falar de aparelhos ortodônticos.
Um dia contamos desvendar quem são os Patetas do futebol português. Ou, pelo menos, um terço deles – o que já nos deve ocupar até à nossa reforma.
10 comentários:
Eheheh. De facto são parecidos. O alentejano conseguia ser melhor que o checo
O MOZER (do benfica) também tinha um granda piano!!
Diz-se que era ele quem, à dentada (!!), cortava o cabelo do Valdo e aparava a barba do Isaías.
Talvez seja mito, mas eu quero acreditar que não...
Ivo
O Mozer também comia todos os Fernando Coutos que lhe apareciam pela frente.
Mesmo com aquela farta cabeleira e pitons afiados, os Coutos iam de uma dentada só.
muito bom!
Tico,Teco e ainda falta o Deco!
Fico feliz por saber que o Nacional do Sr.Dr.Eng.Rui Alves vai estrear a sua nova estrela, o prodígio croata DUJE COP.
Este reforço tem todos os ingredientes para ser um excelente projecto cromático:
- Um nome minimalista.
- O ar sobranceiro/carrancudo à Eric Cantona. (que não o de Paranhos)
- O facto de vir dos balcãs e jogar na Madeira (grandes recordações)
- Tem 18 anos e entra na equipa como salvador da pátria e camisola 9.
Tivesse ele um bigode, e já estava eu a caminho da loja do Nacional mais próxima para estampar "COP" na minha #9 alvinegra. Mesmo tendo que me deslocar ao Funchal. Pormenores.
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Ei ca ganda Milinkovic!!!!!
Duje Cop vai ser uma autoridade na linha avancada do Partizan insular
Ja agora quem era o Cantona de Paranhos? Abilio ou Tulipa?
O mítico Marcos Severo, esse goleador insaciável de golas ensopadas em goma.
Severo, grande avancado em tudo faltava-lhe aquilo que faltava ao Nikolic.
Velocidade.....bem e talvez alguma tecnica...............mais calma na hora de atirar a baliza as vezes..................................alguma capacidade no passe curto...............e longo que era inexistente...............................falta de jogo de cabeca..........................falta de agressividade................................um pouco lento a fugir da marcacao.........................................era mau no dois para um e no um para tres..................................
Mas aparte estes detalhes era grande jogador.
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